quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Depois do anúncio de hoje ao país...


...o nosso 1º Ministro não vai amanhã à Judite, não?

Adenda: Hoje a RTP transmite a Corrida do Campo Pequeno, não há Grande Entrevista para ninguém. (óhh)

Intervalo da hibernação

Ah, quão bom seria se em Portugal se acreditasse nos portugueses com capacidades intelectuais relativamente boas e que andam há pelo menos 2 anos a pedir isto... Provavelmente já nem era preciso o Almeida Santos dizer que seria bom o FMI vir cá... Aliás, com jeitinho, se o partido do Almeida Santos ouvisse os outros não seria preciso virem relatórios ou pessoas de fora dizerem-nos o que fazer...

Há duvidas? Medina Carreira, João Salgueiro, Campos e Cunha, César das Neves e sei lá eu mais quem podem esclarecer-vos meus caros... Mas não oiçam só, façam mesmo o que eles disserem.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Sócrates e Teixeira dos Santos são incompetentes!"

Algures em Fevereiro deste ano, Sócrates disse que ia cortar na despesa e não aumentaria impostos. Ora, o que fez Sócrates desde essa declaração? Aumentou os impostos em Maio, e prepara-se para fazer um segundo aumento da carga fiscal. Cortar na despesa? Nem pensar. Isso deve ser "neoliberalismo". Por pura incompetência e por pura cobardia (cortar na despesa implica tocar em eleitores tradicionais do PS, e implica tocar nos boys do PS), o governo é incapaz de meter na ordem os ministérios, os institutos, as câmaras, as empresas públicas, etc. Quem é que paga este despesismo pornográfico dos boys e da função pública? Claro, o idiota do contribuinte. As idiotas das empresas já estão com a corda na garganta. As idiotas das pessoas que trabalham-mais-para-ganhar-mais, mas que nunca vêem a cor desse dinheiro extra, porque a máquina fiscal não deixa. "Para quê trabalhar mais?" é um desabafo que se ouve por aí.

João Cantiga Esteves (ISEG) tem razão, ou seja, um novo aumento de impostos significa apenas uma coisa: Sócrates e Teixeira dos Santos são incompetentes.
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Neoliberais: os novos fascistas

Os tiques esquerdistas deste santo país conseguem produzir este milagre da lógica: a despesa do estado aumentou 6%, mas só se discute a ousadia "neoliberal" do PSD. De facto, este regime (que vai do Largo do Rato às redacções) tem problemas com a realidade. Este regime e o seu "ar do tempo" não conseguem lidar com os factos. E os factos são estes: a despesa não pára de aumentar. E era suposto estarmos a combater a despesa. Mas, curiosamente, não se fala deste assunto. Apenas se fala das propostas ousadas do PSD. Porquê? Ora, porque são "neoliberais" ou "ultraliberais". É notável como esta língua-de-trapo ideológica consegue desviar a atenção da realidade.

Os jornalistas e analistas não olham para o facto (despesa incontrolável do Estado) e só olham para as propostas do PSD, que visam, lá está, atacar de frente essa despesa do Estado. Bem ou mal, Passos teve a coragem de apontar o dedo para a realidade. Mas, ná, isso é "neoliberal" ou "suicídio eleitoral". Moral da estória: o PSD devia estar quietinho, o PSD não devia dizer nada sobre a realidade, o PSD devia ficar à espera de que o poder lhe caísse nas mãos, para depois não ter a autoridade para mexer no statu quo através de medidas neo-ultra-liberais. Notável raciocínio. O facto de este raciocínio conduzir o país à falência e ao FMI não parece incomodar esta boa gente.

É certo e sabido: neste momento, quem aponta para a realidade (a insustentabilidade das despesas do Estado, desde a administração ao "social") é acusado de "neoliberal" , uma reactualização do "fascista" do PREC.

Uma pequena esperança cá por dentro

Tal como em Abril, também hoje Pedro Passos Coelho voltou a reunir-se com cerca de 20 economistas, um dia antes de ser recebido pelo Presidente da República a propósito do OE. Entre os presentes encontravam-se, por exemplo, João Salgueiro, Eduardo Catroga, Abel Mateus, Medina Carreira, Mira Amaral e João Duque. O presidente do PSD ainda tem quase tudo para provar e se chegar a 1º Ministro terá um trabalho difícil pela frente, mas em relação ao principal problema do país, não deixa de ser uma boa notícia saber que ele procura escutar e rodear-se dos melhores que temos por cá.

Uma boa notícia lá por fora


Os resultados das eleições para a Assembleia da Venezuela dão uma nova esperança aos opositores do melhor amigo do Zé Sócrates pelas Américas. Apesar de não terem conseguido maioria parlamentar, devido às alterações da lei eleitoral efectuadas por Hugo Chávez no ano passado, a oposição conseguiu maior número de votos do que os partidários do Presidente. Também em Caracas, capital do país, a oposição conseguiu vencer. Daqui a 2 anos há eleições presidenciais. Esperemos que o Chávez se cale definitivamente.

Com a verdade nos enganam!


O título pode parecer contraditório mas daqui a umas linhas fará todo o sentido. Há poucos dias, estava eu a navegar pelo facebook, quando me deparei com um post de um membro da JS que anunciava que a dívida de Portugal ao exterior tinha caído, no segundo trimestre do ano, cerca de 3.6 mil milhões de euros, uma quebra recorde de 1.9%! A dada altura até se falava em forte capacidade de recuperação. Para os mais distraídos isto será estupendo e, assim sendo, parece que o Zézito Sócrates até está a fazer um bom trabalho e não faz sentido nenhum o alarmismo todo que continua a haver em relação ao nosso país. Contudo continua a haver esse mesmo alarmismo, sendo sinal de que afinal as coisas não estão assim tão bem como à primeira vista aquele comentário pode fazer parecer. E se há coisa que Portugal não mostra, de todo, é uma forte capacidade de recuperação. Ora vamos lá ver o que ficou por dizer.

É verdade que a dívida externa recuou no segundo trimestre deste ano? Sim, é verdade, mas o que ficou por dizer é que esse recuo deu-se porque o Estado está a financiar-se menos no exterior e a aumentar o financiamento interno. Se formos olhar para a dívida pública total, essa, continua a aumentar descontroladamente! Aliás, o descontrolo é tanto que entre os países com os quais nos costumamos comparar, devido às respectivas situações (Espanha, Irlanda e Grécia), Portugal é o único que ainda não está a conseguir diminuir a sua despesa! Até a Grécia o está a conseguir fazer! Ainda no domingo que passou o Prof. Marcelo lembrou alguns números que denunciam esta perigosa situação. Em relação ao déficit de Janeiro a Agosto deste ano, comparado com igual período do ano passado, a Grécia baixou 32%, a Espanha 41%, a Irlanda 35% e Portugal aumentou 7,4%. Em relação à despesa total do Estado, a Espanha baixou 2,5%, a Grécia 10,9%, a Irlanda 19,3% e Portugal aumentou 2,7%!


E todos sabem que esta situação não se inverte porque o Governo não quer fazer o que é necessário. E até já todos sabem o que é preciso fazer só que isso não dá votos, nem popularidade. É mais fácil aumentar os impostos a todos do que começar a cortar nas despesas e, pelas notícias dos últimos dias, parece que o Governo continua a apostar, mais uma vez, no aumento do IVA. Por cá quando se começa a falar em cortar (e não em congelar) salários ou em cortar os 13º e 14º mês, cuidado que vêm aí os neoliberias! Já alguém reparou que de todos os chamados PIGS, Portugal é o único que ainda não cortou nos salários da função pública? Aqui ao lado, em Espanha, o grande amigo do Zé Sócrates também já cortou nos salários e não consta que ele seja um perigoso neoliberal. Na Irlanda os cortes chegam até aos 10% e mesmo 13% em alguns casos! Cá por terras lusas basta os polícias fazerem uma manifestação que são logo promovidos, como aconteceu recentemente! Com esta maneira de actuar, facilmente se percebe por que é que a despesa pública portuguesa continua a aumentar e não a diminuir, ao contrário do que já está a acontecer nos restantes países. Basicamente o Zé Sócrates não está a fazer absolutamente nada para corrigir a nossa situação e está, verdadeiramente, a marimbar-se para nós! (Ou como ele disse ainda a semana passada: Há muito tempo para falar da dívida!) Esta frase foi a cereja no topo do bolo! Só faltou dizer para não o maçarem com estas coisas! Ele faz de nós uns autênticos parvos e o pior é que há quem vá atrás!


E, por fim, chegamos à parte da forte capacidade de recuperação. Não consigo ver de que recuperação é que se poderia estar a falar. Da portuguesa não seria de certeza já que Portugal vai continuar a ser dos países europeus com crescimento económico mais anacrónico. Daqui a mais 3 ou 4 anos até vamos ver outro país do leste europeu a ultrapassar-nos! A República Checa, desta vez. E isto tira qualquer português do sério! A mim, pelo menos, tirou-me, quando vi aquele comentário altamente enganador.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

3 coisinhas engraçadas

Ontem ao folhear o i deparei-me com a notícia que os bloquistas estão indignados com a "perda de soberania" que Portugal (e os restantes países da UE) vai sofrer quando a Comissão Europeia passar a ter direito a visto prévio aos orçamentos nacionais.
1ª coisinha engraçada - Os bloquistas a falarem de soberania nacional. Qualquer dia estão a usar palavras como "Pátria" ou "Nação".
2ª coisinha engraçada - Eu concordo com os bloquistas!
3ª coisinha engraçada - Há uns anos era impensável escrever isto, mas venha de lá esse visto! Por mais que na teoria a ideia me custe, continuarmos a não ter ninguém a controlar o que os nossos governantes nos têm feito custa-me muito mais.

sábado, 18 de setembro de 2010

A luta tem de continuar: a comunicação social

Alguém viu a entrevista do Pedro Passos Coelho?

Sou insuspeito para dizer isto, porque não sou apoiante "genético" do senhor, por quem tenho, ainda assim, consideração. Parece-me que a qualquer líder do PSD (velha ou novo, lisboeta ou transmontano) se coloca um grande obstáculo mediático. E uma escolha premente: ir a casa do adversário, sofrer um ambiente "receptivo" ao estilo futebolístico ou recusar-se a ir, alinhando com Sócrates ao receber críticas de pouco espírito democrático. Recorde-se que o PM se recusa a ir à TVI.

Sendo insuspeito, digo-o sem receio: a entrevistadora de Pedro Passos Coelho é uma jornalista sem o nível profissional e a isenção técnica necessários a este tipo de trabalho. Em certos momentos da entrevista, roçou o tendencioso e o patético. Conduziu-a a uma discussão de uma hipotética perda de popularidade e à falta de oportunidade da revisão constitucional (que JS deveria saber, só se pode fazer com 2/3 de sete em sete anos). Mais grave ainda, incitou o entrevistado a segmentar (i.e. estigmatizar) a sociedade portuguesa por um nível de rendimento arbitrário, o que é pouco próprio de uma pessoa inteligente e bem-intencionada.

É claro que episódios estes podem acontecer ao contrário. O que merece uma reflexão cuidada é, sim, a cínica "equidistância" dos órgãos de Comunicação Social, que em terras latinas tardam em assumir "disclaimers", assim como dos profissionais comentadores políticos.

Ainda assim, acredito que seja possível fazer um jornalismo isento, além de um jornalismo assumidamente partidário para que possa haver lugar. Sem ser exaustivo, reporto-me àqueles que, quanto a mim, são dois exemplos desse jornalismo no nosso país: a Rádio Renascença e o Jornal Expresso. Lamento ainda que estes sejam dos poucos órgãos informativos que se evadem da ditadura da agência Lusa (cuja actuação mereceria outro Post).

Em função disto, lembrando o velho mote da esquerda, a luta tem de continuar por um Portugal democrático!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Lá vai um post politicamente super incorrecto...


...eu que não tenho grande paciência para a hipocrisia europeia adorei a resposta que o Sarkozy deu à comissária luxemburguesa. De notar que o Luxemburgo reagiu com indignação à resposta do Presidente francês mas nada indica que vá aceitar a sua proposta. Por que será?