quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

E o Sr. Ministro?

Director-geral e adjunto da Administração Interna demitem-se. Agora imaginemos, como fez notar o Pedro Magalhães do Margens de Erro, que tinha acontecido isto:

Cavaco: 50,1%

Cavaco: 49,9%

Cavaco: menos de 50;
Alegre: 19,8%
Nobre: 19,7%

E o que é que o Sr. Ministro faz? Lava as mãos e seca-as no avental.

Olhem umas pessoas não conseguiram votar, que maçada, não se pode querer tudo também... Devem pensar que isto é uma democracia, só pode...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

É possível a abstenção subir um bocadinho mais?



É, basta darem isto aos portugueses daqui a 5 anos, como muitos comentadores políticos já andam por aí a prever. Vai ser o cúmulo da decadência política se PS e PSD realmente optarem por premiar como seus candidatos ao mais alto cargo da Nação justamente aqueles que "bazaram" a meio do mandato (já nem discuto as respectivas actuações). Acho que já é notório que os portugueses começam-se a cansar que gozem com eles e nem disfarcem.

"Em República podemos escolher o Chefe de Estado" V

Cavaco Silva foi eleito por 23% de todos os eleitores portugueses, a percentagem mais baixa de sempre para um Presidente da República. Devem existir mais apoiantes e simpatizantes da causa monárquica em Portugal do que apoiantes do actual Chefe de Estado.

"Em República podemos escolher o Chefe de Estado" IV

Os votos brancos e nulos somados à abstenção perfazem 56,4% de portugueses que, por um motivo ou outro, não votaram em ninguém para Chefe de Estado.

(os votos brancos e nulos, somados, representaram 6,2% do total de votos, a maior percentagem de sempre em eleições exclusivamente nacionais - este valor só foi superado pelo das últimas Europeias)

domingo, 23 de janeiro de 2011

"Em República podemos escolher o Chefe de Estado" III

Em Portugal a abstenção tem vindo a aumentar gradualmente, batendo todos os recordes nas eleições Europeias. Mas se descontarmos essas (Bruxelas está lá longe para a maioria dos portugueses), nas eleições que dizem respeito só a Portugal a abstenção ainda não superou os 50%. Não superou em nenhuma autárquica. Não superou em nenhuma legislativa. Não superou em nenhuma presidencial. Mentira. Já é a segunda presidencial que supera os 50%.

"Em República podemos escolher o Chefe de Estado" II

É a segunda vez, nas últimas três eleições presidenciais, que a abstenção supera os 50%.

"Em República podemos escolher o Chefe de Estado"

Taxa de abstenção: 53,5%.

A maior de sempre em eleições presidenciais.

O Simplex deu nisto


A trapalhada de hoje com as mudanças de números de eleitor (por que é que mudaram?) dos novos cartões do cidadão está em consonância com o que o Sócrates deu ao país nos últimos 6 anos.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Misto de coisas bonitas.

Portugal´s Empire was the first,[8][9][10] and most long-lived Global Empire in the world.

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português,
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal.

Fernando Pessoa

Hoje é dia de reflexão...

...não se pode apelar ao voto.

Está bem. Não apelemos.

Em ninguém.

O eleitorado de direita está completamente órfão

Já não falo da sua actuação ao longo do primeiro mandato, nem das decisões que fizeram mais comichão aos mais conservadores. Falo só da campanha que agora termina. Depois desta no sábado passado, Cavaco brindou-nos com mais uma mesmo em jeito para o dia de reflexão. Concordo em absoluto com o Jorge Costa do Cachimbo de Magritte: Cavaco no seu pior. Cheira-me que no domingo muitas pessoas irão fazer como os comunistas em 1986: tapar a cara na hora de assinalar a cruzinha.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Para todos os que vão votar Cavaco só porque acham que é desta que ele corre com o Sócrates...

...aqui têm a resposta, sem margem para dúvidas. Ele, que não gosta muito de comentar o que os restantes candidatos dizem, abriu desta vez uma excepção, quase em fim de campanha, para tranquilizar os portugueses de que, por ele, estaremos condenados a continuar com o Sr. Pinto de Sousa. Tudo a bem da estabilidade política, claro. O facto desta "estabilidade" ser mais prejudicial do que benéfica para o país é irrelevante. Tinha ficado muito mais tranquilo se, desta vez, o Sr. Cavaco Silva também tivesse optado por não comentar o assunto.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que é nacional é bom



O Chef Nuno Mendes e o seu Viajante, aberto o ano passado em Londres, acabaram de receber uma estrela Michelin. Parabéns!

Procura-se

Político sério, sem experiência e com ideias liberais que faça uma campanha como a descrita pelo Eng. Belmiro de Azevedo.

Oferece-se país em ruínas e população incapaz de perceber o que lhe está para acontecer.

Boas hipóteses de progressão na carreira no entanto, pelo menos a fiar no passado.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Com amor e carinho para todos os liberais

O candidato presidencial defendeu hoje, à margem de uma acção de campanha em Penafiel, que os cortes salariais impostos aos funcionários públicos deveriam ser também alargados aos funcionários do sector privado com elevados rendimentos. Ontem, num jantar-comício em Arcos de Valdevez, (...) considerou que os funcionários públicos foram «duramente atingidos nesta crise, talvez, nalguns casos, com alguma injustiça, porque outros, com muitos maiores rendimentos, não foram chamados a dar o seu contributo». «A eles não lhes foram pedidos contributos como foram pedidos aos funcionários públicos», reforçou referindo-se aos cortes salariais. Mas, na altura, não esclareceu a quem se estava a referir. Questionado sobre de quem estava a falar, o candidato presidencial (...) defendeu que era óbvio que falava de todo o sector privado. «Não foram pedidos sacrifícios a outras pessoas com rendimentos muito maiores», apontou.

E de qual candidato estamos a falar? Do Alegre ou do Francisco Lopes respondem todos! Ou ainda do Nobre poderão responder alguns. Não, nada disso! Foi mesmo aquele que dizem ser o candidato da direita.

O próximo monstro

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Divina República


Ai as presidências! Andam engraçadas e deprimentes e de um nível que condiz com o estado do país. Pensar que um daqueles homenzinhos vai ser ou continuar a ser o Chefe de Estado de Portugal não deixa de ser triste. Pensar que todos insultam todos e que não há respeito nenhum nem pelo actual nem pelos candidatos ao cargo não deixa de ser…normal para dizer a verdade. E prova do respeito que tal figura inspira na generalidade da classe política e da sociedade portuguesa. Lá vou eu criticar esta tão honrosa figura e desmascarar o que se quer verdadeiramente dela.

Bem quem vota Cavaco acha que é desta que ele corre com o Sócrates. E é só por isso que votam nele. Ponto. Tal como muitos votaram nele há 5 anos por acharem que ele ia fazer o que disse que não fazia e que não fez mesmo. Mas era isso que se dizia em surdina há 5 anos e é isso que continuo a ouvir 5 anos depois. Ainda é com esse argumento que alguns tentam “comprar” o meu voto. Por mim acho que mais depressa cai o governo no Parlamento do que com o Cavaco. Já antes partilhei aqui o que o Cavaco deveria ter feito há muito tempo se tivesse mesmo sentido de Estado. Este arrastar de situação até ser reeleito só fez mal o país (para o qual ele se está verdadeiramente a marimbar, senão tinha feito o que tinha mesmo de ser feito). Mas parece que durante 5 anos o Sr. Cavaco Silva andou algo distraído, enviou um ou outro recado para o ar que nem sempre fizeram sentido e que nunca tiveram consequência prática nenhuma e agora, de repente, até já diz que se for reeleito não se inibirá de usar os poderes que a Constituição lhe permite (há coisas fantásticas). De repente lembrou-se que afinal o Presidente da República pode fazer mais do comunicações ao país a anunciar que não vai acontecer nada.

Quanto aos socialistas, esses não sabem muito bem para onde se virarem. Do Cavaco têm medo da tal demissão que não veio mas pode agora vir, do Alegre têm medo que seja demasiado socialista e que só dê dores de cabeça no futuro. Pelo meio já se ouviram alguns elogios a Defensor de Moura e alguns partiram para o Nobre mas não adianta grande coisa. A campanha do Alegre anda alegre entre o PS e o Bloco e com insultos e bancos falidos à mistura “a coisa” anda um mimo. É verdade amei o ar especialmente inteligente do Nabeiro quando ontem lhe perguntaram porque apoiava Alegre: “toda a gente sabe que sou socialista, ahahah”. Boa Rui! No dia em que uma tubérculo for candidato pelo PS tem o teu apoio! Se for PS está tudo bem! Ou porreiro páh!

O Nobre, que era uma esperança para muitos independentes e descontentes com os actuais protagonistas da “coisa”, não tem grande jeito para a “coisa” e a continuar assim nem sei se uma votação honrosa consegue ter. Aquela história da galinha foi surreal! É que não ganha nenhum voto por aí mas se ele fica feliz por correr atrás de galinhas tudo bem. Não deixo contudo de lhe admirar o facto de ser o único candidato que vai buscar apoios verdadeiramente à esquerda e à direita. Quanto aos restantes, esses não interessam para nada e em boa verdade já só o Cavaco interessará neste momento.

Quanto ao semi-presidencialismo está provado que é uma treta. Ainda recentemente o António Barreto deu voz ao seu descontentamento com esta “coisa”. Na teoria todos dizem que querem ser quais Reis - de todos os portugueses, independentes, supra e apartidários e moderadores da vida pública – mas na prática todos gostavam de ir para lá governar (alguns nem escondem) e mesmo a generalidade das pessoas que ainda se vão dar ao trabalho de ir votar também querem que eles vão para lá mexer em alguma coisa, cada uma para a sua “equipa”. Outra coisa que amei: os discursos e debates dos candidatos a Presidente da República. Esta coisa dos insultos e de quem é mais honesto ou bonzinho deve ser porque não há mesmo grande coisa de mais interessante para dizer, sem correr o risco de se estar a apresentar um programa de governo. Mais valia isto virar, de facto, um regime presidencialista e sempre era uma palhaçada a menos.

Quanto a mim continuo a querer que o Chefe de Estado seja mesmo de todos os portugueses (ou de um número bastante alargado), verdadeiramente independente, moderador da vida pública e absolutamente apartidário e suprapartidário. Continuo a querer um Chefe de Estado que não se meta nestas politiquices de BPN’s, galinhas e afins. Continuo a querer um Chefe de Estado que seja, de facto, respeitado pela classe política e pela generalidade do seu povo, sem ser arremesso político e que não seja parte activa do degradante espectáculo político a que assistimos no nosso país. Continuo a ser monárquico.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que é nacional é bom...e é para ser publicitado!



Não, o título do post não se refere (só) ao Mourinho, apesar de ele também estar de parabéns. Mesmo eu que mal ligo a futebol não consigo ficar indiferente ao seu percurso nos últimos 10 anos. Não há dúvida que ele deixa um país inteiro orgulhoso, ainda para mais quando faz questão de falar em português por ser um "orgulhoso português". Mas o título refere-se a outra notícia que poderá ter passado mais despercebida devido ao prémio de Mourinho: o New York Times elegeu Guimarães como um dos destinos a visitar em 2011. Guimarães é apresentada como uma das cidades mais jovens da Europa e "um dos pontos culturais emergentes da Península Ibérica". Portugal não é só Lisboa (ou o Algarve) e já que estamos por terras do Norte, fica também a publicidade para a transformação que a Baixa do Porto sofreu nesta última década. Eu de certeza que estarei em breve por aquelas bandas.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Lisboa vai ganhar um mamarracho!









Para os que não frequentam muito esta zona de Lisboa, ou para os que não são mesmo de cá, estas fotografias não serão muito familiares mas trata-se da zona no Largo do Rato, bastante conhecida por ser onde se encontra a sede nacional do PS (2ª fotografia) e por ser um importante centro nevrálgico da cidade, por onde se pode ir para o Marquês, para as Amoreiras, para a Estrela e Campo de Ourique, para São Bento e para o Príncipe Real. Contudo, mesmo para os menos familiarizados com estas zonas, há algo que saltará imediatamente à vista: aquele edifício da primeira fotografia não faz lá muito sentido ao pé dos outros. Ninguém, nunca na vida, iria aprovar a construção daquele mamarracho nesta zona nobre da cidade... Ninguém tirando os deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, claro.

Seja na Assembleia Municipal ou na Assembleia Nacional, os políticos portugueses já provaram que são capazes de empreitadas que escapam à compreensão do mais comum dos mortais e, se dúvidas houvesse, fica mais esta decisão e oferta para a cidade de Lisboa. A história completa já tem uns aninhos e aqui pode ser encontrado um breve resumo de tudo o que resultou neste desfecho. Nestas coisas a opinião dos populares nunca vale de muito e já será tarde para travar este projecto mas está a circular uma petição para Salvar o Largo do Rato. Apesar de não se comparar à entrada ou não entrada do FMI, estas pequenas coisas também são fruto das grandes coisas que vão mal neste país, governado por inúmeros mamarrachos. Obrigado páh!

Mais grave do que a falta de açúcar nos supermercados...


...estou definitivamente a leste do paraíso quando o Jemand me diz que o Dias Loureiro está "refugiado" em Cabo Verde e eu não fazia ideia nenhuma.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Feliz 2011!



Para 2011 O Sensitivo é modesto: apenas deseja que daqui a exactamente um ano o querido líder e os socialistas já não governem Portugal. Que possamos todos voltar a abrir a garrafa de Champagne em breve.