sexta-feira, 20 de maio de 2011

As novas oportunidades

As novas oportunidades foram uma decisão estrategicamente errada e mal implementada. A meu ver sofreram de dois pecados mortais:

1) Foram uma das medidas correctas que Sócrates tomou em 2005; como quase todas, foi uma medida anti-prioritária, estrategicamente errada. O país devia ter adiado medidas de desenvolvmento social de médio prazo que expandissem o sector público e a parte não transaccionável da economia. Pior, quase só essas boas medidas é que foram tomadas! (maioria das reformas na Educação, renováveis, informatização, sistema judiciário e mais uma ou outra, entre 2005 e 2008).

Fora de tempo... havia que atacar o problema económico eminente há 5/6 anos e depois pensar me questões dispendiosas do desenvlvimento social. Crescimento traz desenvolvimento, não o inverso. Realidade cruel.

2) A forma como o projecto foi desenvolvido desvirtuou-o. Faz todo o sentido apostar num ensino adaptado para o 4º, 6º, eventualmente 9º anos (no último caso com menção de via profissionalizante), como processo de melhoria da cultura geral... e das competências sociais dos trabalhadores - sobretudo em regiões do país onde a experiência profissional não faz isto por si só: comparem a vida de um trabalhador turístico com a de um operarário numa região industrial de baixo custo de mão-de-obra.
O programa para o Secundário tinha de ser sério, para oferecer diplomas profissionalizantes específicos (most important)ou, com 5/6 anos de estudo, por exemplo, para dar uma via científica, para aumentar o nº de profissionais certificados (1) e aumentar um pouco a elite da popuçação (2), que sabe línguas, que sabe fazer contas. Enfim, esta é a minha opinião, no Secundário qualidade sim, quantidade não.

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