Não é verdade que o acordo seja brando ou que revele confiança especial em Sócrates ou em Passos Coelho. É, sim, um acordo que não se resume, nem se centra na austeridade (embora esta lá esteja, pelo atraso das restantes reformas). Um acordo que remove e inverte incentivos distorcivos de que estava repleta a nossa economia e que, pela primeira vez, atinge seriamente o império público - Administração Central, Administração sector empresarial, outras entidades públicas - procurando eliminar as actividades económicas públicas improdutivas e inúteis ou transformá-las em outras que o sejam.
Devia ir ainda mais longe, talvez, na reforma estrutural; poderia fazê-lo com mais precisão, menos danos colaterais? Porventura, mas adiá-lo, discuti-lo e não o fazer, reanimando sucessivamente o país com austeridade: isso não é solução!
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