terça-feira, 28 de setembro de 2010

Neoliberais: os novos fascistas

Os tiques esquerdistas deste santo país conseguem produzir este milagre da lógica: a despesa do estado aumentou 6%, mas só se discute a ousadia "neoliberal" do PSD. De facto, este regime (que vai do Largo do Rato às redacções) tem problemas com a realidade. Este regime e o seu "ar do tempo" não conseguem lidar com os factos. E os factos são estes: a despesa não pára de aumentar. E era suposto estarmos a combater a despesa. Mas, curiosamente, não se fala deste assunto. Apenas se fala das propostas ousadas do PSD. Porquê? Ora, porque são "neoliberais" ou "ultraliberais". É notável como esta língua-de-trapo ideológica consegue desviar a atenção da realidade.

Os jornalistas e analistas não olham para o facto (despesa incontrolável do Estado) e só olham para as propostas do PSD, que visam, lá está, atacar de frente essa despesa do Estado. Bem ou mal, Passos teve a coragem de apontar o dedo para a realidade. Mas, ná, isso é "neoliberal" ou "suicídio eleitoral". Moral da estória: o PSD devia estar quietinho, o PSD não devia dizer nada sobre a realidade, o PSD devia ficar à espera de que o poder lhe caísse nas mãos, para depois não ter a autoridade para mexer no statu quo através de medidas neo-ultra-liberais. Notável raciocínio. O facto de este raciocínio conduzir o país à falência e ao FMI não parece incomodar esta boa gente.

É certo e sabido: neste momento, quem aponta para a realidade (a insustentabilidade das despesas do Estado, desde a administração ao "social") é acusado de "neoliberal" , uma reactualização do "fascista" do PREC.

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