domingo, 29 de novembro de 2009

Alegorando a situação que por aí se passa

Há uma imagem que não me sai da cabeça... Uma história até... É a daquele filho mimado que pede tudo, tudo aos pais, e os pais vão dando tudo, tudo. O filho vai crescendo mandrião, preguiçoso e folgado e os pais, fingindo não ver ou pondo a culpa no nosso deficitário sistema de educação, continuam a dar-lhe tudo, tudo, tudo. Um dia os pais deixam de o poder sustentar, precisam que ele o sustente a eles, e ele... Não é capaz.

Continuemos a injectar dinheiro nas economias criando liquidez como temos feito e não se venham depois queixar que o vizinho maldizente aqui presente não avisou.

Não, este post não é apenas para o Dubai...

Lá por fora


Os suíços acabaram de aprovar, em referendo, a proibição de construção dos minaretes nas mesquitas. O "Sim" obteve, surpreendentemente (?), cerca de 57,5% dos votos.

Venho actualizar este meu post quando já passou quase uma semana desde a consulta popular. Ao longo desta semana fomos brindados com reacções para todos os gostos sendo que a grande maioria foram, como era de esperar, de grande indignação e, verdade seja dita, de grande hipocrisia. Muitos dos que mais indignados ficaram com os resultados, ficariam, de certeza, coradíssimos de vergonha com o resultado se um referendo igual fosse feito nos seus respectivos países. A Suíça transformou-se num bode expiatório dos políticos que insistem em tapar os olhos e em fugir à questão e alguns chegaram mesmo ao ponto de criticar aquele país por fazer tanto uso das consultas populares. A democracia consegue ser mesmo uma chatice quando sai dos gabinetes.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

25 de Novembro sempre!...





...comunismo nunca mais!

Para assinalar a data, o 31 da Armada fez um apanhado de vídeos relativos ao período que vai do 25 de Abril de '74 ao 25 de Novembro de '75. Há lá coisinhas engraçadas. "Hoje é dia de recordar o PREC."

Porreiro páh


Ontem pela Faculdade:

(pessoa X) - Eu não fui votar...
(Eu) - Porquê? Gostas do Sócrates?!?
(pessoa X) - Não, não gosto. Mas não deu para ir.
(Eu) - Mas porquê?
(pessoa X) - Estava a dormir...

Pode parecer a gozar mas asseguro que é verídico. Sobre aquilo que o país precisa para ganhar juízo...também não sei.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Caso estranho

Não é bonito citar fontes totalmente seguras não identificadas.

Mas, a título pessoal, posson dizer-vos que tenho a certeza que, ou José António Saraiva se estava a desviar da verdade, ou então o acessor que lhe telefonou fez "bluff".

Caso estranho, não é?

E olhem que estou longe de ser um apoiante do outrora muito razoável Primeiro-Ministro José Sócrates.

sábado, 14 de novembro de 2009

Era giro que alguém me explicasse isto

Eu só gostava de saber o que é que é preciso para consciencializar um país de que tem que mudar a sua atitude. Eu sei que Portugal é um país esquisito, de gente preguiçosamente tranquila e astutamente reconciliadora em que, passe o tempo certo, e até o facto de "o-amigo-ter-sido-apanhado-na-cama-com-a-minha-esposa-por-mim-próprio" é sábiamente considerado como solucionável através de uma meia dúzia de minis bebidas a ver o Benfica.

O Exmo. Sr. primeiro-ministro é, ao que parece, apanhado em meia dúzia de escutas em posições menos confortáveis com aquilo que pode ser considerado como a mulher de um eleitor, que é a senhora "Honestidade e Integridade". Mas isto resolve-se. Por amor de deus, todos nós nos lembramos da trabalheira que foi destituir aquele gajo do PSD lá por aquelas embrulhadas em que ele se meteu a criticar a comunicação social e a dizer que batiam nele como num bebé numa incubadora. Isso não se faz a um engenheiro. É preciso é beber-se meia dúzia de minis. Como ainda não nacionalizámos a fábrica da cerveja a opção é por aumentar uns salários, construir umas estradas, umas linhas de comboio, um aeroporto, e 'tá feito...

Se o tipo volta a ser apanhado... Olha, já passou uma, também não é agora que nos vamos chatear não é? Aliás, oh amigo, se calhar da próxima o amigo avisa e evitamos esta maçada de suspender o acto e tal... Eu chego mais tarde, já ninguém se lembra e a coisa resolve-se sem chatearmos ninguém. Não se preocupe, eu deixo-lhe as minis no frigorífico, para estarem bem fresquinhas quando o amigo chegar.

A sério país. Do que precisas tu para ganhares juízo?

Adenda: Parece que o João Miranda se lembrou da mesma metáfora que eu...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Em tempos de crise, voltemo-nos para a poesia

"Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
(...)
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
(...)
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
(...)
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
"

Excertos da Trova do vento que passa, de Manuel Alegre. Negritos meus.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Foi há 20 anos


Foi há exactamente 20 anos que o muro de Berlim caiu. Foi há 20 anos que o longo pesadelo da Europa chegou finalmente ao fim. O tempo do terror, das perseguições, dos tanques, do comunismo, da guerra-fria estava a acabar. Começava uma época de esperança, Democracia e Liberdade para toda a Europa. E abriam-se também as portas para uma verdadeira União Europeia. Uma União que ainda se está a construir, mas que já vai muito para lá dos 12 países aquando da queda do muro. Foi há 20 anos...foi há apenas 20 anos! Aquela imagem ainda era apenas um sonho quando muitos de nós nascemos. Nunca é demais relembrar que o comunismo matou muito mais pessoas do que todos os regimes fascistas. Nunca é demais relembrar pois, não só matou mais, como muitas vezes parece que até é desculpável para alguns sectores da nossa sociedade. Nunca é demais relembrar quando ainda se têm que ler coisas como esta.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

SCP

Paulo Bento e Bettencourt não pensam no bem do país. Vamos passar as próximas duas semanas a discutir quem será o novo treinador do sporting em vez de nos debruçarmos sobre coisas realmente importantes...

Como o casamento homossexual por exemplo!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Coisinhas engraçadas

Estou neste momento a dar uma olhadela num debate na TVI24. O Pacheco Pereira está de um lado da mesa ao lado do Bagão Félix. O José Miguel Júdice está do outro com o Carlos Carvalhas.

Ainda a propósito do PSD

"O que me preocupa no PSD não é o confronto político em si: é constatar que há um grupo de pessoas que age como se as regras do leal confronto democrático não lhes fossem aplicáveis. Excluem quem não lhes é afecto, mas estão muito preocupados com a unidade do partido. Não olham a meios – nem a media – para desqualificar os adversários, mas são os maiores defensores da disciplina partidária. Recrutam comentadores para insultar quem se lhes opõe, mas ofuscam-se com qualquer crítica que se lhes faça.

Ultimamente esse grupo tem estado no poder, mas não esqueçamos o que ele fez quando o poder lhe foi arredio. Derrubou Santana Lopes. Menorizou Marques Mendes. Entrou em guerra com Luís Filipe Menezes. Sem que a vontade expressa pelos militantes do Partido lhes merecesse o mínimo respeito. Na realidade, comportam-se como se o partido fossem eles, e usam o seu estatuto social e comunicacional para submeter o PSD a uma inaceitável chantagem: ou o Partido alinha com a sua estratégia, ou eles afundam o Partido.

Há quem receie a ruptura entre esse grupo, muito impropriamente apelidado de “elites”, e a massa do partido. Pessoalmente não desejo rupturas, mas também não as temo: da última vez que o PSD perdeu a paciência com as suas auto-proclamadas “elites”, em 1978, mais de metade do grupo parlamentar saiu em oposição a Francisco Sá Carneiro. No ano seguinte a AD foi vitoriosa. Uma lição a reter para quem acha que pode continuar a fazer o mal e a caramunha."

Da autoria de Vasco Campilho. Artigo completo aqui.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Coisas que não devem passar despercebidas II


Pergunto-me se em Portugal será sequer possível ver um dia um Primeiro-Ministro em funções ou um ex-Presidente da República a sentarem-se no banco para serem julgados, ou se o apenas filho de um também ex-Presidente da República poderá sequer ser condenado por algum crime cometido. Gostava que não parecesse que só o Isaltino é que teve "azar".

Também achei que devia responder ao post de baixo

Mas só com quotes, que isto de debitar ests dados já foi feito e eu tenho muito o que fazer para não me aproveitar desenvergonhadamente disso:

No final de 2008, o orçamento suplementar tapou com mil milhões as dívidas do Estado aos fornecedores. A própria conta corrente do Estado à indústria farmacêutica cresceu 7,4% face ao ano passado, pressionada também pelos benefícios concedidos à família em tempo de crise. Hoje, a Saúde custa nove mil milhões de euros e é - a par da Segurança Social - a maior dor de cabeça do Estado-providência. Também aqui, no programa, nada de substancialmente novo.

(...) Que TGV? Em que fases? Que aeroporto? Em que condições? Galp, TAP, ANA: são privatizações para avançar? E o BPN? Entra nestas contas? Qual é a solução do governo para uma operação que já custa 3,5 mil milhões? A dificuldade do Estado congregar receitas - extraordinárias ou fiscais - é paralela ao problema de controlo da despesa. No programa há considerações genéricas sobre a consolidação orçamental e a consciência de que os 5,9% de défice inscritos nas previsões são poeira no horizonte. Em 2010 o consumo pode subir. O desemprego e as prestações sociais também. Em 2010 a dívida pública, a receita fiscal, o ritmo das exportações são demasiado imponderáveis para que qualquer programa de governo se arrisque a traçar caminho com base nelas.


(...) O problema existe: menos 9% em receita fiscal - números do final do 3º trimestre - mostram que a renovada eficiência na cobrança esbarrou no paredão da crise. À procura de soluções, o governo nomeou um especialista em direito do ambiente - Sérgio Vasques, o novo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais - num ano de transição para a chamada "economia verde". Pode ser que daí venha alguma novidade, mesmo que o problema seja mais estrutural que quaisquer benefícios ambientais.

E lembrar só que a dívida do país é o sítio por onde se começa a definir a dívida das empresas e que temos problemas imensos de competitividade, etc... Quase pedia a um economista para me fazer um post sobre isso. Mas devem estar todos ocupados... Alguém conhece algum especialista em direito do ambiente que me fizesse esse post?

Coisas que não devem passar despercebidas


“A agência de ratings internacional Moody's acaba de colocar a dívida portuguesa em alerta negativo.Numa nota publicada pela agência Reuters, a agência mudou a perspectiva do rating Aa2 da dívida da República Portuguesa de estável para negativa.Segundo a Moody's, esta alteração «reflecte não só os desafios económicos estruturais que o país enfrenta, e que têm sido exacerbados pela crise económica global, mas também a aparente falta de motivação dos responsáveis políticos para os combater».”

O resto da notícia aqui. Espero que os senhores da imagem comecem a fazer algo para que daqui a uns meses Portugal não veja o seu rating cortado.