sábado, 27 de agosto de 2011

Revisões

1) O Estado português não sabe investir nem poupar o dinheiro que não é seu (mas dos contribuintes). Era importante que de vez em quando nos lembrássemos que o estado é uma espécie de gestor de grandes fortunas, mas com preocupações sociais. Era também importante que nos lembrássemos que este dinheiro foi gasto em coisas importantes e em coisas menos importantes (tal como o novo centro paroquial do Alberto João Jardim ou os estádios para o euro 2004);

2) Não sabendo investir nem poupar, o estado português (à imagem de outros seus parceiros), meteu-se no maior buraco possível (endividamento até os tipos que emprestam o dinheiro se fartarem);

3) Confrontado com isto, o dito estado português preocupa-se com formas de pagar essa dívida (graças a deus, ao menos somos sérios). Compromentendo-se com baixar custos operacionais, o dito estado protege-se primeiro sobre uma capa de aflito e anuncia um novo imposto. É importante lembrar que os estados (todos eles), são as unicas entidades que conseguem criar receitas de forma coerciva. Mas é também importante lembrar que essas receitas não são bem do estado, nem para serem gastas ao desvario;

4) A população em geral de todos os estados afectados exalta-se com isto. Então mas agora há a possibilidade de me tirarem 10 euros ao subsidio de emprego? Deus me livre! Taxem-me é os ricos, esses malandros!

5) Os estados, em geral, ouvem o ponto 4). E vai daí vão lançar um novo imposto. Que até tem a conivência de alguns dos seus potenciais alvos.

Não sou rico (espero). Mas sou um cidadão consciente (acho). Em vez de impostos, qualquer um, a quem quer que seja, secalhar aprendiam a gerir as coias com eficiência. De uma ponta à outra. Reduzam lá o número de deputados, acabem lá com as viagens de avião em primeira classe, extingam os postos de trabalho das 5 secretárias do chefe do gabinete de estudos do ministério da economia que lá estão a mais, reduzam o número de motoristas, acabem com os passes sociais gratuítos para toda a familia dos trabhadores dos transportes públicos. Vendam a RTP e a CGD, se precisam mesmod e receitas. Mas por amor de deus, parem de não tomar as medidas dificeis só porque têm o poder para não o fazer. Não é uma questão de justiça taxar os maiores rendimentos. É uma questão de justiça que vivamos dentro das nossas possibilidades. E se isso implicar o fim de parte do chamado estado social, então que implique. A culpa não é dos "ricos". É dos políticos que o geriram. Se querem lançar impostos extra, têm 35 anos de gente que os deveria pagar.

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