sábado, 9 de maio de 2009

Manuela Ferreira Leite

Não é modesto como únicas bandeiras?

Parecem-lhe poucas, mas são o fulcro da decisão. É a opção que tem de ser feita. Ou se orienta o país da forma como ele tem estado a ser orientado nos últimos anos - um modelo absolutamente esgotado! - ou se muda de modelo. Parece-lhe pouco mas é muito. O meu modelo é não apostar mais na despesa pública, o que inclui investimento e consumo público mas no sector privado: exportações e investimento privado, interno ou externo. É um modelo completamente diferente.


Já que falamos desse tempo: foi ministra da Educação, com Cavaco e das Finanças, com Durão. Peço um photomaton do que foi despachar com um e com outro.

Foram momentos muito diferentes. Um deles era de quase final de mandato, o outro, de início. No primeiro caso eu era um ministro entre muitos outros, no segundo, era número dois do governo. Como titular da Educação havia a perspectiva de que não era possível mudar grande coisa porque se estava no termo do mandato; nas Finanças, num momento muito difícil e tenso, enfrentei uma situação de grande responsabilidade. Mas há um ponto comum: tanto Cavaco Silva como Durão Barroso mostraram-me sempre uma total solidariedade.


Da entrevista de MFL ao i (que me parece um jornal bstante razoável, mas eu só o vejo na net), isto são os melhores pontos. O pior é este:

Dê-me duas, três razões que ditem uma preferência no voto no PSD liderado por si e não no PS de Sócrates?

Um: o facto de considerar que, tal como tenho insistido, há aqui uma política de verdade. Detesto política de fantasias. Dois: não faço promessas que nunca pensarei executar. Três: acredito que o projecto do PSD para o país é aquele que conduzirá ao seu crescimento e ao bom combate contra a crise. O PS já provou o contrário.

A Doutora MFL que me perdoe a minha humilde opinião, mas isto não são motivos para ninguém mudar o seu sentido de voto para o PSD. É preciso coisas concretas (como por exemplo transformas as criticas ao modelo educativo imposto por Sócrates numa proposta alternativa e razoável). Acho que é necessário apresentar propostas que, ainda que difíceis, convençam os portugueses de que são necessárias. Acho que é sobretudo necessário apresentar à população um sumário daquilo que se fará, com que objectivos. A tal transparência e política de verdade ou se traduz nisso ou serve apenas como bitaite para atirar em entrevistas e cartazes, sem qualquer expressividade nos resultados eleitorais.

Creio que MFL sabe o que pensa e o que quer para o país. Falta ter a coragem de o dizer. Acho que já passámos à muito aquela fase da doença em que não queremos assustar o doente. O doente já está assustado, agora se faz favor prescreviam eram os tratamentos de choque e deixavam-no escolher em consciência.

P.S.

Sobre o TGV, acho que qualquer leitura da situação deve ser acompanhada da leitura deste post.

1 comentário:

  1. Se dúvidas ainda tivesse para se construir, neste momento, a ligação a Madrid, deixei de as ter.

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