segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não tenho coragem de não vos pôr a ler isto.

Pelo que tenho ouvido, o benefício da dúvida de jornalistas e comentadores vai apenas para os novos ministros. Ninguém o diria há um mês e meio, mas afinal os ministros do anterior governo não são assim tão recomendáveis. Ana Jorge ‘é marketing’, Santos Silva excessivamente conflituoso. Luís Amado aprecia em demasia alguns malfeitores internacionais. Há um excesso de obras públicas planeadas por Mário Lino.

Com uma excepção: Teixeira dos Santos, que, dizem, por razões que escapam ao meu entendimento, é um bom ministro. Vamos devagarinho. É necessária, desde que Guterres escavacou as contas públicas, uma consolidação orçamental. A consolidação orçamental apenas se faz com redução da despesa pública (o próprio Teixeira dos Santos o reconhece). Teixeira dos Santos é o responsável por orçamentos que, em termos reais, aumentaram a despesa pública todos os anos. Conclusão: Teixeira dos Santos tem tornado mais difícil consolidar as contas públicas. (Vamos esquecer por agora o aumento dos impostos que conseguiu pôr o défice orçamental abaixo dos 3% e que tem consequências perniciosas a todos os níveis). Mas foi um bom ministro, dizem, e as expectativas são de que fará um bom trabalho. E dizem-no sem rir nem corar de embaraço.

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